Um dos exemplos é a geração exótica de cavalos-marinhos ornamentais. Porquê já mostrou A Jornal, a startup Hippocampus, incubada pela Ufes, investe em tecnologia para produzir os bichinhos de chuva salgada em cativeiro e espera um dia poder exportar os animais para os Estados Unidos e ao mercado chinês.
Cavalos-marinhos criados na Hippocampus
Outro exemplo é uma startup, residente desde 2018 no Núcleo Incubador do Campus São Mateus do Ifes, que vem desenvolvendo um processo de automatização e simplificação da rega.
Além de facilitar o trabalho, o mecanismo é capaz de reduzir o consumo de chuva e de robustez enquanto molha as vegetais.

De combinação com o CEO e fundador da Tezca Rega, Ryck Andrade Boroto, que é formado em Engenharia Mecânica pelo Ifes, com a incorporação da válvula desenvolvida pela empresa ao sistema utilizado na propriedade, o produtor rústico consegue programar os horários e o tempo de rega para cada setor por meio de um quadro de automação.
Ele explica ainda que há alguns detalhes técnicos para superar, mas acredita que a empresa está obtendo resultados satisfatórios e espera que, em breve, possa estar com o resultado no mercado.
“Por ser um pouco novo e dissemelhante, tem suas particularidades no desenvolvimento, porém conseguimos progredir muito no protótipo. Ainda temos alguns detalhes técnicos para superar, mas acreditamos que estamos obtendo resultados satisfatórios e esperamos em breve estar com o resultado no mercado”, relata.
GESTÃO DA PROPRIEDADE
Outra tecnologia, também incubada pelo Ifes, é um software que apoia produtores de moca na gestão de suas propriedades. O diretor-geral da Inova Campo, Sandro Ribeiro, explica que, normalmente, o produtor reúne as notas fiscais de entradas e saídas e as repassa ao contador. E, assim, ele obtém o seu dispêndio por mês.
Sandro Ribeiro
Diretor-geral da Inova Campo
“O objetivo do software é simplificar a apuração dos custos de produção e rentabilidade sobre os investimentos do pequeno e médio produtor. Com o Inova Campo, o produtor pode seguir esse fluxo e, com base nos dados fornecidos pelo programa, pode tomar decisões sobre custos operacionais”
Esse sistema foi projetado para facilitar o pequeno e médio produtor de moca no planejamento por atividades e operações; na estudo dos resultados por talhão, cultura e rancho; na redução dos custos de mão de obra própria e terceirizada; e no controle de custos de manutenção e consumo de combustível para cada equipamento.
“É uma instrumento de gestão de subida tecnologia e de fácil manejo e pode ser integrada com outras culturas na propriedade”, destaca Sandro.
MAIS TECNOLOGIA A CAMINHO
O professor do Departamento de Engenharia de Provisões do Meio de Ciências Agrárias e Engenharia da Ufes Tarcísio Lima Fruto comenta que a incubadora da universidade recebeu neste ano duas novas empresas. Uma delas é a Atec, que é uma associação de produtores de cafés especiais da região do Caparaó capixaba.
Segundo o professor, a startup pretende prestar cursos que qualificação técnica e também fazer a estudo sensorial dos grãos de moca. Também está nos planos da empresa ajudar a conseguir o selo de Identificação Geográfica (IG) do moca arábica do Caparaó, que é reconhecido nacionalmente, o que abriria novos mercados para o resultado lugar.
Já um escritório de advocacia especializado no agronegócio quer atender produtores familiares e ajudar no registro de marca deles. Apesar de serem de Domingos Martins, na região Serrana do Estado, a teoria é que atuem em todo o Espírito Santo.
Tarcísio Lima Fruto
Doutor em Ciência e Tecnologia de Provisões
“A cultura empreendedora e da inovação está sendo muito mais disseminada e passada para os alunos do ensino superior do que nas décadas passadas. A nossa incubadora foi criada para dar suporte aos alunos e comunidades da região Sul do Estado”
O professor lembra ainda que a Ufes oferta cursos para potenciais empreendedores e a partir deles novos projetos surgem. No último realizado no ano pretérito, por exemplo, dois irmãos desenvolveram um equipamento para sacudir o moca, ou seja, separar os grãos de folhas e galhos. Eles adaptaram o maquinário para um terreno referto de relevo, de montanhas.
Essa maquina hoje só existe para grandes propriedades, mas a teoria deles é baratear a tecnologia para chegar ao pequeno produtor também. Atualmente, pelos pequenos produtores, o processo é feito manualmente com uma tamis, o que demanda muita força e jeito. A teoria dos irmãos foi premiada no curso que participaram.
“Tem muita gente com ideias muito boas. Queremos lapidar a teoria, desenvolver o protótipo do resultado, colocar no mercado para estudo, produzir um CNPJ e encubar, se ele tiver potencial de desenvolvimento. Queremos a pegar as ideias e transformar em negócios”, afirma Tarsício.
*Com informações do Ifes
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