Em dezembro, o Pix já respondia por 30% das transferências entre bancos. Agora em janeiro, ele se tornou ainda maior: foram 87,2 milhões de transações instantâneas, contra 64,7 milhões de TEDs e 7,3 milhões de DOCs, segundo um levantamento feito pelo Tecnoblog com dados do Banco Mediano e da CIP (Câmara Interbancária de Pagamentos).
O Pix chegou (Imagem: Divulgação/Banco Mediano)
O Pix se tornou um dos principais meios de transferência no Brasil: nascente mês, ele foi usado para movimentar mais de R$ 70 bilhões, enquanto o TED respondeu por tapume de R$ 250 bilhões no mesmo período. O sistema de pagamentos instantâneos começou a operar em novembro de 2020; ele é gratuito para pessoas físicas.
As transações via Pix feitas em janeiro até o último domingo (17) tiveram valor médio de R$ 809,75, já considerando as devoluções. As transferências feitas por TED no mesmo período foram de R$ 3.861,69 em média.
O valor transacionado em TED girava em torno de R$ 600 bilhões ao mês, e isso não mudou com a chegada do Pix – na verdade, o velho meio de transferência teve uma ligeiro subida no mês de dezembro.
Pix | TED | |
dezembro de 2020 | R$ 107,2 bilhões | R$ 675,088 bilhões |
janeiro de 2021 (até dia 17) | R$ 70,6 bilhões | R$ 249,665 bilhões |
Pix é mais versátil que TED
Isso sugere que o Pix está atendendo a uma demanda financeira dissemelhante, em vez de se tornar somente um substituto para o TED. Por exemplo, você consegue usá-lo porquê forma de pagamento nas Americanas, Submarino, McDonald’s e vários outros estabelecimentos. Dá até para quitar a conta de luz graças a uma parceria com a Aneel (Sucursal Vernáculo de Robustez Elétrica).
Vale lembrar que é provável fazer Pix para contas do mesmo banco. Mas a vantagem é que você nem precisa saber o banco do destinatário, graças às chaves do Pix: basta informar o CPF, e-mail ou celular para enviar moeda, sem inserir manualmente a dependência e conta.
Outrossim, todo banco precisa oferecer o Pix de perdão para pessoa física, enquanto o TED pode custar mais de R$ 10 em algumas instituições. Sim, existem algumas exceções para essa gratuidade, mas elas são muito específicas: por exemplo, a transação pode ser cobrada se você recebe mais de 30 vezes por mês na mesma conta, indicando uso mercantil. Por enquanto, isso não afastou os usuários.
A tendência é que o Pix cresça ainda mais, à medida que mais pessoas se familiarizam com ele, e conforme a plataforma recebe mais recursos. Em março, será lançado o Pix Cobrança com QR Code para pagamentos futuros, semelhante a um boleto. O BC quer até mesmo permitir transferências internacionais, mas depende de mudanças nas leis cambiais.
Atualizado às 20h com dados da CIP